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AABB Maceió
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Nota de Falecimento!

Informamos com grande pesar o falecimento do nosso colega aposentado e ex-presidente da AABB Maceió Gilson de Almeida Lopes.

Visionário, Gilson Lopes, como muitos sabem foi o responsável, ainda na década de 1980, pela transferência da sede do clube que antes ficava na praia da avenida para o atual endereço. O que sem dúvida foi fundamental para assegurar que o clube permanecesse "vivo" até os dias de hoje.

O falecimento ocorreu hoje e o velório está acontecendo no Parque das Flores onde ocorrerá o sepultamento às 16h! A família AABEBEANA está de luto!

Em homenagem iremos reproduzir uma entrevista que o jornalista Yvan Fialho fez com ele na passagem do cinquentenário do clube.

Sonhar não custa nada

O presidente que acreditou no sonho de construir uma AABB no litoral Norte, numa época que poucos ousavam tanto.

Aposentado desde outubro de 1992, Gilson de Almeida Lopes, o presidente que transferiu a AABB Maceió para o distrito de Pescaria, no litoral norte de Alagoas, distante cerca de 15 quilômetros do centro de Maceió, não gosta de aparecer na mídia nem nos eventos promovidos pelo clube. Bastante reservado, Gilson fala sobre os planos de levar a AABB para o seu local atual em 1º de maio de 1984. Durante a sua gestão o clube conheceu um momento de expansão como nunca havia conhecido. Ele teve uma extraordinária visão de futuro.
Nesta entrevista, a AABB Maceió presta uma homenagem merecida, por ocasião do seu Jubileu de Ouro, ao presidente que marcou para sempre a história do clube.

Revista da AABB – Por que transferir o clube do centro de Maceió para uma praia distante, no litoral norte?
Gilson – A mudança ocorreu por força de determinação do Banco. Aconteceu no início dos anos 80. O Banco havia divulgado que as AABBs de capitais com área física inferior a 10.000m2 não receberiam mais aportes financeiros da instituição para melhoramentos e manutenção. Naquela época o CESEC (Centro de Processamento de Dados do Banco do Brasil) estava sendo instalado em Maceió. E com isso o número de funcionários ia aumentar muito. A área do clube era pouco mais de 9.000 m2, portanto insuficiente para suportar uma expansão no quadro de sócios.

Revista da AABB – Qual foi a reação dos associados quando souberam da mudança de localização do clube?
Gilson – Aqueles colegas que tinhas filhos e os viram crescer freqüentando a AABB Maceió, na praia de Sobral, ofereceram resistência...

Revista da AABB - ... uma resistência natural?
Gilson – Claro.

Revista da AABB – Você tinha idéia do que representava tirar o clube do centro da cidade? Foi ponderada, na época, a relação custo benefício?
Gilson – Nessa época, fizemos duas assembléias para discutir a questão da mudança do local do clube. Contamos com ajuda do superintendente do BB em Alagoas, Wilson Garcia. Fizemos umas duas viagens à Brasília atrás de recursos do Banco para tocar o novo projeto. Só sei que discutimos o assunto em assembléia e chegamos a conclusão que teríamos que sair da praia de Sobral.

Revista da AABB – Como foi escolhido o local da futura AABB Maceió?
Gilson – O primeiro passo após a mudança de local foi escolher um terreno que preenchesse os requisitos para a construção de um clube. E com o vice-presidente do clube, o Cláudio Verçosa, começamos a procurar. A principio, nos foi oferecido o terreno que pertencia a uma indústria de beneficiamento de cocos, local esse que mais tarde viria a ser a cooperativa dos funcionários do Banco do Brasil, em Mangabeiras. Na época o Wilson Garcia disse-me: “Gilson esse terrenos está à disposição da AABB. Será que dá para trazer o clube para cá?” Eu o Cláudio Verçosa descartamos essa possibilidade, por acharmos o terreno pequeno. Era um corredor e não ia nem até a praia. Um dia de 1984 passamos pelo terreno onde hoje é a AABB, em Pescaria e vimos uma faixa de “Vende-se”. Descemos, olhamos e só vimos mato. O terreno pertencia a Mavel (concessionária de veículos local). O Carlitos (Carlito Paulino da Silva, o primeiro funcionário do clube no novo local) já trabalhava lá há oito anos e nos informou a quem, de fato, pertencia o imóvel. Fomos conversar com os proprietários, para pedir autorização para conhecer o terreno e levar alguns sócios da AABB até lá. Os donos nos concederam sessenta dias para conhecemos o lugar e se desse certo, fechar o negócio. Da primeira vez levamos uns dez colegas. Lembro-me que havia um rio (o rio Meirim), que hoje mudou totalmente. Na época o Amauri Leite, João Lopes e João Cunha tomaram banho pelados. Não tinha problema. O local só tinha mato. Selvagem mesmo. A área tinha trinta hectares de muito verde. Fizemos mais outras visitas com mais alguns colegas, sempre em fim-de-semana. Dias depois realizamos a assembléia para definir a comprar do terreno, com ajuda do Ednaldo (Gerente da agência Maceió-Centro). A compra foi aprovada. Então, começaram os contatos com a Direção Geral, que enviou o Dr. Paulo Mauricio (diretor de Recursos Humanos do BB), para “sentir” o projeto.

Revista da AABB – Na época, o lugar não era muito grande para o número de sócios? Não dava a sensação de excesso de espaço?
Gilson – Não... Ao contrário. No início construímos uma barraca, tipo palhoção, que era um espetáculo. Aglomerava mais as pessoas. Era mais aconchegante. No São João fizemos uns sanitários improvisados com palha de coqueiro. Era rústico, mas funcionava. O bar era explorado pelo Homero.

Revista da AABB – Quais os primeiros atos ou providências em favor do sócio, realizado na nova sede?
Gilson – O rio Meirim era muito perigoso quando estava cheio e tinha uma correnteza forte. O local tinha uma profundidade considerável naquela época. Pois bem, contratamos dois pescadores experientes; então o Cláudio Verçosa e o Paulo Bahia, juntamente com a turma deles, construíram uma espécie de um ”jangadão” para fazer a travessia dos sócios para o outro lado da praia. Mesmo assim, com todos os cuidados, vez por outra, o filho de um sócio caía na água e nos causava preocupação. Graça a Deus que não aconteceu nada de mal.

Revista da AABB – Foi difícil levar o projeto à frente? Quais as dificuldades encontradas durante a sua execução?
Gilson – Não. O pagamento do terreno foi efetuado com o dinheiro da venda da AABB da praia de Sobral à Telebrás, através do General Alencastro. A infra-estrutura foi construída por etapa. Tudo foi contratado por Brasília. A AABB não contratou firma nenhuma. A construtora era de Serra Talhada (PE). Começou com o campo de futebol, depois vieram as obras estruturantes. Na verdade, tivemos muita sorte, pois contávamos com pessoas na Direção Geral que facilitava tudo. O presidente do Banco do Brasil era o Camilo Calazans, nordestino como a gente.

Revista da AABB – Como foi passar dezesseis anos como presidente da AABB Maceió?
Gilson (pensativo...) – Eu gostava do que fazia. Foi muito gratificante e me orgulho disso.

Revista da AABB – E os shows com artistas famosos? Quem veio à AABB?
Gilson - Durante a minha gestão veio a Fafá de Belém, o Geraldo Azevedo, a dupla Antonio Carlos e Jocafi e outros que não me lembro mais. Interessante, no show do Geraldo Azevedo, o ginásio de esportes estava construído há pouco dias e tivemos que cobrir o piso para não danificar.

Revista da AABB - O que ser administrador da AABB deixou na sua vida?
Gilson – Muitas amizades em todos os escalões do Banco. Na área federal, fiz amizades importantes que abriram as portas para a consecução dos objetivos da AABB Maceió. Tive excelente relacionamento com o Segasp, a Fenabb e as subsidiárias do Banco. Tanto foi assim que fui eleito, em Brasília, Presidente do Conselho Deliberativo Nacional das AABBs. Isso me fez trazer a Maceió o Dr. Amílcar Martins, Vice –Presidente de Recursos Humano do Banco do Brasil.

Revista da AABB – E mágoas?
Gilson – Também as tive, mas poucas. Foram tão insignificantes que prefiro não falar delas. Não se pode administrar um clube com tanta gente e agradar a todos.

Revista da AABB –Porque depois do seu mandato, você desapareceu da AABB? Acabou-se o entusiasmo pelo clube que você ajudou a construir?
Gilson – Não estou afastado da AABB por querer. É que de um ano e meio prá cá eu estourei o joelho e não consigo freqüentar o clube pra ficar na arquibancada. O sentimento de participar, como sempre participei, é mais forte do que eu. Pra quem sempre gostou de futebol, ficar afastado dói mais que o joelho machucado.

Revista da AABB – Como você se sente sendo agraciado com esta homenagem na Revista da AABB – Edição Especial dos 50 anos da AABB Maceió?
Gilson – Com a certeza de que dei o melhor de mim na condução do clube e que esse trabalho foi reconhecido. Eu me sinto gratificado e orgulhoso por isso.

 

   
 
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